Músicas do Mundo: A Experiência

Antes de começarem a ler, metam a playlist a rodar...



Era provavelmente o único festival que me faltava e que tinha mesmo vontade de experienciar. O FMM é claramente um festival que faz jus ao nome deste blogue. Deve ser rara a pessoa que vai para o FMM e conhece todo o lineup. As bandas vêm dos 4 cantos do mundo, repletas das mais diversas sonoridades, com os instrumentos mais esquisitos e que encontram o melhor público para os encantar. Pessoas de espírito aberto a ouvir bons músicos , seja rodeado pelas maravilhosas muralhas do Castelo de Sines, seja com o Oceano Atlântico como pano de fundo.



Cheguei a Sines para 4 dos 7 dias do festival. Vi de tudo, vi coisas que achei menos interessantes e achei que o lineup  poderia ser claramente melhorado. Apesar de adorar tanto cenas monótonomas como sonoridades a puxar, a determinada hora é necessário alguma "alegria". Essa terá sido talvez a maior falha que aponto. De resto, adorei. Os que já foram, concerteza que partilham da minha opinião. Preços super acessivéis, povo acolhedor, festivaleiros com boa onda e boa comida!

Fazendo alguma retrospectiva do que vi e ouvi :

 Dia 1:

 THEA HJELMELAND (Noruega) @ Castelo - Para começar a noite foi bastante interessante. Foi o meu primeiro contacto com Sines.

 GUILLAUME PERRET & THE ELECTRIC EPIC @ Castelo - Não vi até ao fim. Apresentava-se como uma fusão de jazz e metal (?!). fiquei curioso mas depois a música rapidamente me deixou com vontade de ir girar pelo centro de Sines. Era apenas um Saxofone e uma bateria, minimalista demais.

 DELE SOSIMI AFROBEAT ORCHESTRA (Ng. / RU) @ Castelo - Do que vi de Afrobeat no Festival, foi o melhor. É capaz de estar para o Afrobeat como o Lee PErry para o reggae. deu para mexer bem a anca e valeu por este primeiro dia em Sines.

 LA-33 (Colômbia) @ Av. Praia - Salsa pura e dura. Já com a noite avançada e com um medronho em cima, lancei uns movimentos bem arrojados. É salsa, mas é sempre um regalo ver big bands a tocar. E estes tocavam e cantavam nas horas.

Dia 2:

 ALINE FRAZÃO (Angola) @ Castelo - Não vi e fiquei arrependido. Era só isto.

 SONGHOY BLUES (Mali) @ Castelo - Funk e blues do Mali. Ao ínicio parecia estranho mas depois foi talvez das melhores surpresas que tive no festival. O vocalista era uma alegria em palco, cantava e puxava pela plateia. E o funk era mesmo bom! Podem ouvir uma malha qe coloquei na playlist desta semana.

 ANA TIJOUX (Chile) @ Castelo - Das poucas coisas que conhecia... duas músicas. Foi o melhor concerto do festival. Inicialmente pensava que o hip hop iria destoar um pouco do que este festival costuma apresentar, mas logo reparei que não. A Tijoux canta , rima, rappa, comunica e tem uma banda a acompanha-la que fica ao mesmo nível.



 Dia 3:

 BRUNO PERNADAS (Portugal) @ Castelo - Primeira presença da tuga que vi e que fiz questão de ver. Falava-se de um pequeno prodígio da musíca portuguesa. É realmente um multi-intrumentista fora do normal. Uma banda a seguir-lhe e bem orientada por ele. A timidez nas suas palavras sempre que comunicava com o público mostram a razão pelas suas canções raramente terem letras. Excelente concerto para um fim de tarde em Sines.



NILADRI KUMAR & FRIENDS (Índia) @ Castelo - Um patrão na citara. Um pintas como músico.

 CAPICUA (Portugal) @ Castelo - Mais um excelente concerto. Energia brutal, a Capicua tem uma grande presença e é acompanhada por uma personagem chamada Beatriz Gosta. Valeu bem a pena. Destaque também para um dos membros da banda que fazia ilustrações ao vivo e eram automaticamente projectadas.



 CANZONIERE GRECANICO SALENTINO (Itália) @ Castelo - Não me lembro mas pelas fotos e vídeos adorei :) Dia 4: PASCALS (Japão) @ Castelo - Banda de 14 elementos, cada um com a sua panca. Um bocado descordenados mas com boas bandas sonoras. Valeu o espectáculo de fim de tarde. Arigatooo!

 SALIF KEITA ACOUSTIC (Mali) @ Castelo - Entrou mole mas foi crescendo. Acabou o concerto em altas e a meter o público que enchia o castelo a mexer!

 ORLANDO JULIUS & THE HELIOCENTRICS (Ng/RU) @ Castelo - Último concerto que vi. Concerto que teve como complemento o fogo de artíficio. É bom mas demasiado mole para o que se queria naquela altura da noite.

Foi uma excelente experiência, muito bem acompanhado por vários amigos e amigas durante os 5 dias . Voltarei para o ano, for sure!


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